terça-feira, 29 de julho de 2014

[resenha #04] O Menino do Pijama Listrado - John Boyne

Título: O Menino do Pijama Listrado
Autor: John Boyne
Páginas: 186
Editora: Seguinte

Sinopse: Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz ideia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. "O Menino do Pijama Listrado" é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.





    Primeiramente gostaria de dizer que se você viu o filme antes de ler o livro, dê um jeito de ter uma amnésia agora. Bate a cabeça na parede, sei lá, se vira! Fiz essa besteira e posso dizer que não tem coisa pior que ler cada frase perfeitamente detalhada do bendito livro e ficar presa às características do filme! Ô nervoso que me deu, credo. Mas enfim...

    A história toda é narrada por Bruno, um garoto de 9 anos que transborda simpatia e inocência. Ele vive em Berlim com seus pais e sua irmã Gretel, de 12 anos. 

    De repente sua vida parece virar de cabeça pra baixo quando, certo dia, ele chega em casa e se depara com a governanta arrumando suas malas. Ao perguntar para a mãe o que estava acontecendo, ela diz que eles terão que se mudar para um lugar distante pois seu pai havia sido promovido.

    Chegando ao local, Bruno vai até a janela do seu quarto na esperança de encontrar todo o caminho de volta até Berlim, mas o que encontra é algo totalmente diferente. Chega a deixá-lo inseguro: cercas, rolo de arame farpado, um terreno de chão arenoso, pequenas cabanas, prédios quadrados e várias pessoas com o mesmo boné de pano e o pijama listrado.
"[...] Havia uma enorme cerca de arame que envolvia toda a casa e se voltava para dentro no topo, estendendo-se em todas as direções [...]. A cerca era muito alta, ainda maior do que a casa na qual estavam, e havia imensos mourões de madeira [...]. Sobre a cerca havia grandes rolos de arame farpado entrelaçados em espirais [...]. Não havia grama do outro lado da cerca; na verdade não havia verde nenhum. Em vez disso, o chão parecia feito de uma substância arenosa, e até onde sua vista alcançava, tudo o que havia eram cabanas baicas e prédios quadrados e amplos espalhados pelos arredores, e uma ou duas colunas de fumaça ao longe," 

    Não tendo mais seus três melhores amigos, não frequentando a escola e morando num local deserto e afastado, Bruno logo se entedia e passa a odiar Haja-Vista com todas as suas forças — pra quem está boiando, Haja-Vista é o nome do campo de concentração de Auschwitz, mas as crianças acreditavam ser o nome da casa —. Numa dessas suas crises de tédio, o garoto lembra de algo que ele fazia o tempo todo em Berlim e que, ali, poderia fazer sozinho (já que a única companhia era Gretel e ele não a considerava plausível): explorar. Ele decide, então, começar explorando o campo com os moradores de pijama listrado.

    Mais tarde, após longos e exaustivos minutos caminhando, Bruno avista algo de longe. De início era só um ponto; depois se transformou numa mancha; em seguida virou um vulto; após isso, ele distinguiu uma pessoa; e, por fim, ele concluiu que era um menino. Shmuel. E aí é que começa a grande trama de todo o livro.

    A forma simples com que o autor usou para narrar o Holocausto chega a encantar. Embora não tenha sido um dos melhores livros já lidos, achei incrível! A história em si é bem detalhada — levando em conta que o narrador é uma criança — e as várias metáforas intrigam cada vez mais. A curiosidade de Bruno deixa todos da mesma forma. Várias perguntas nos vem à mente e, quando finalmente descobrimos a resposta, a surpresa é inevitável.



    A maratona já passou, mas confesso que gostei da ideia de escolher uma música pra cada livro. Então continuarei fazendo isso a cada resenha postada. Aí vai outra :3 


Um comentário:

  1. Esse livro e tão :'(
    já vi o filme e li o livro e meus Deus, como chorei nos dois :'(

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